Há segredos que ficarão sempre guardados entre nós dois A sete chaves entre os murmúrios dos marmóreos muros Não há só amanhã, nem ontem e muito menos até depois Despedidas portas abertas escondem-se na transparência Como eu e tu que a sentir pensamos, criando consciência.
Recordo. "Surpreendo-me" disseste, ao pestanejar do gesto Suspenso só agora veio à fala a resposta do resto impresso Teu falar próprio como palavra da palavra exacta ao texto Significativo – se dirá: "acariciar-te exige demasiado tempo Esforço, atenção, predicado fiel ao verbo, pretexto afectivo; És rebelde em teus contornos", adiantaste porém, a conclusão Como um til de breve meneio, odalisca a dançar no palato Contorcido baile do corpo que se desfaz entre tules e tafetás Eclodindo cliques na língua de gás oxigenante à fala, o tacto Sob o tecto de nós, grito que se ouve aflito por estarmos sós.
Somos únicos no amor nada receamos nem a dor, desengano Porque todos sabem que te amo, mas ninguém como e onde Esconde o verbo, rola-o na ponta da língua, a láctea pérola Enrola-a entre sílabas difíceis, segreda o nome se te chamo Di-lo sentido, alvéloa saltitante caçando os insectos desta voz É como seara que se acende a reinventar a aurora ao novo dia E em regatos de oiro rega a ocidente foz num oceano de alegria!
4 comentários:
Vim conhecer teu blog(te vi na Chris) e gostei!beijos,tudo de bom e Saramago é maravilhoso sempre!chica
que frase mais absoluta. bjs querida
Sara, Saramago é um ícone, de uma sensibilidade e discernimento profundos
Obrigada pela sua visita, depois veja o que te respondi, beijossss
O teu nome está no título...
Seara Acesa nos Regatos da Alegria
Há segredos que ficarão sempre guardados entre nós dois
A sete chaves entre os murmúrios dos marmóreos muros
Não há só amanhã, nem ontem e muito menos até depois
Despedidas portas abertas escondem-se na transparência
Como eu e tu que a sentir pensamos, criando consciência.
Recordo. "Surpreendo-me" disseste, ao pestanejar do gesto
Suspenso só agora veio à fala a resposta do resto impresso
Teu falar próprio como palavra da palavra exacta ao texto
Significativo – se dirá: "acariciar-te exige demasiado tempo
Esforço, atenção, predicado fiel ao verbo, pretexto afectivo;
És rebelde em teus contornos", adiantaste porém, a conclusão
Como um til de breve meneio, odalisca a dançar no palato
Contorcido baile do corpo que se desfaz entre tules e tafetás
Eclodindo cliques na língua de gás oxigenante à fala, o tacto
Sob o tecto de nós, grito que se ouve aflito por estarmos sós.
Somos únicos no amor nada receamos nem a dor, desengano
Porque todos sabem que te amo, mas ninguém como e onde
Esconde o verbo, rola-o na ponta da língua, a láctea pérola
Enrola-a entre sílabas difíceis, segreda o nome se te chamo
Di-lo sentido, alvéloa saltitante caçando os insectos desta voz
É como seara que se acende a reinventar a aurora ao novo dia
E em regatos de oiro rega a ocidente foz num oceano de alegria!
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